terça-feira, novembro 11, 2008

Gentilezas


Se antes achava quase uma grosseria quando você abria a porta do carro, agora enxergo nisso gentileza. E estou precisando de gentilezas. E de palavras doces ao pé-do-ouvido. E de promessas que dificilmente serão cumpridas. Declarações clichês feitas perante o pôr-do-sol, no fim da festa, nós dois caminhando na chuva, sentados no meio-fio como se o mundo não girasse, a tua mão na minha cintura. Mãos dadas, entrelaçadas, grudadas, suadas. Cafuné, qualquer bobagem e a gente ali. Um cachorro-quente e o meu copo vazio. Vem a noite, que é curta, a gente sabe. E bombons no dia seguinte, ou pão de queijo, iogurte, aquela torrada. Bilhetinhos com dizeres bregas, poemas batidos, planos de viagens. Leste Europeu, Cuba, Curitiba ou Pinhal. Juras bobas. Nós dois. Um só. E gentilezas.

Um comentário:

Bibiana Osório disse...

As "Leilas Diniz" sempre se perdem na curva...
Lindo texto.