sexta-feira, maio 26, 2006

Eu queria ter uma bomba (Cazuza)

Solidão a dois, de dia
Faz calor, depois faz frio
Você diz "já foi" e eu concordo contigo
Você sai de perto, eu penso em suicídio
Mas no fundo eu nem ligo
Você sempre volta com as mesmas notícias



Como alguém escreve isso, assim, no mais?

quinta-feira, maio 18, 2006

É própria!

A vida tem uma dinâmica própria, ninguém me convence do contrário. Um dia a gente acorda e mudou de emprego. Outro dia a gente acorda e mudou de casa. E a gente fica feliz, comemora. E a gente bebe. Não adianta fazer o detalhamento dos planos para o ano, o semestre, o mês. Tudo vai acontecer no momento que o universo considerar adequado e conspirar a favor. E ele conspira. Demora, mas conspira. Aí a gente fica feliz, comemora. Aí a gente bebe. Dá a sensação de que dedicação realmente é algo que posteriormente tem reconhecimento, que não existe sorte, mas merecimento sintonizado com o poder dos astros. Tem dinâmica própria sim!
Tradução da divagação acima:
- O “open house” (como diz o meu tio) acontece daqui a um mês;
- Na próxima semana já estarei trabalhando no “melhor jornal do Rio Grande do Sul”.

sexta-feira, maio 12, 2006

Se a vida dói, drinque caubói!

Troquei de paixão (literária, imaginária, platônica). Chega de Daniel Galera. Bom mesmo é o Xico Sá!
Acessem http://carapuceiro.zip.net
Mas aviso, ele é meu!

quarta-feira, maio 03, 2006

Mitos

Ontem à noite, em alguns minutos de conversa com o jornalista Heródoto Barbeiro por telefone, percebi que o mundo não funciona exatamente como eu pensava. Era uma entrevista e, para minha surpresa, ele não tinha todas as respostas para as minhas perguntas. Mas manteve a pose, respondeu só o que quis (parecido com o que alguns políticos fazem, sabe?) e no final disse "um abraço".
O som das duas palavrinhas ecoou no quarto da minha irmã, por causa do viva-voz e da ausência de móveis, claro, e não de efeitos especiais. Fiquei ali parada, refletindo sobre o que o Heródoto tinha dito (e principalmente sobre o que ele não tinha dito). O sentimento foi mais de frustração do que de tarefa cumprida. "O homem não respondeu nada!", pensava eu, transitando entre indignação e raiva.
Sempre tive o hábito de cultivar ídolos intocáveis. Eles lá no alto, eu próxima ao solo. Mas quando esses seres passam a fazer parte do meu mundo real, quando demonstram seu caráter humano, tudo desaba. Perco o chão e também os sonhos. Aí é hora de descobrir outros deuses.