terça-feira, junho 05, 2007

Porque a idade está aí

– Qual da linha Chronos tu acha que eu devo usar?
No mesmo instante em que fazia a pergunta para uma amiga, não acreditava que tais palavras estavam saindo da minha boca, muito naturalmente, por sinal. Pois bem, prestes a completar 23 anos, decidi que deveria ligar sim para as marcas que o passar dos anos esculpe na pele.
– Tem que ser o que se usa a partir dos 30 anos – disse, bem séria numa mesa de bar, a amiga-e-consultora-da-Natura.
Antes disso, eu já tinha colocado a minha avó na parede.
– Conta pra mim qual é o segredo, vó. A senhora, que tem a pele tão bem cuidada...
– Olha, tem que passar creme. E começar a cuidar antes das rugas aparecerem, porque depois já não adianta.
Então fiz pesquisas. Consultei outras representantes da classe feminina. E sites também. Anti-rugas é coisa do passado! Agora se fala em anti-sinais, o que, cá entre nós, soa bem mais agradável. Nunca me imaginei numa situação dessas, pedindo conselhos para as pessoas sobre como barrar o aparecimento das tais marcas de expressão.
Antes eu pensava: “Uma pessoa sem rugas é uma alguém que não tem história, que besteira lutar contra isso, blá blá blá”. Quanta bobagem, Débora Cruz! Pensamento de quem ainda não tinha adentrado a casa dos 20.
Agora mudei, confesso. Como parte da transformação conceitual, poderia citar que pé-de-galinha é algo a ser evitado, riscado do caderninho. O excesso de sardas também. Protetor, muito protetor solar, inverno e verão. Cuidados mil. Promessas de começar a malhar, de comer mais frutas. Ai, ai... o que a idade não faz.