quinta-feira, junho 30, 2005

A sina de querer o impossível

Apesar dos meus meros 21 anos (recém completos, inclusive), percebo que algumas coisas, quase sempre negativas, irão me acompanhar pelo resto da vida. Uma delas é a mania de querer o impossível. Ou um interesse maior por situações impossíveis, homens impossíveis, empregos impossíveis.
O que é uma pena, pois quem está sempre em busca da felicidade, quem corre atrás dela e não a enxerga, é porque não consegue vê-la e vivê-la onde ela realmente está: no agora, nas pequenas coisas, na rotina (sim, por que não?).
Cazuza cantou:

“Pras pessoas de alma bem pequena
Remoendo pequenos problemas
Querendo sempre aquilo que não têm”

Talvez ele tenha pensado que, pedindo piedade, ajudaria a salvar essas pobres almas. A minha está incluída, no caso.
Numa interpretação indefectível dos seres que mais sonham do que vivem, o desgraçado segue:

“Pra quem não sabe amar
Fica esperando
Alguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insetos em volta da lâmpada”

Essa última frase é a que mais me irrita! Ora, “insetos em volta da lâmpada”? Que cena patética! Não é terrível essa comparação? Parei pra pensar nisso seriamente: será que minha forma de agir me torna semelhante a um inseto em volta da lâmpada?
Melhor parar por aqui...